Moagem de cana no Centro-Sul está 2,78% menor no acumulado; entenda os motivos

Moagem de cana no Centro-Sul está 2,78% menor no acumulado; entenda os motivos

A moagem de cana no Centro-Sul do Brasil apresentou queda de 2,78% no acumulado da safra 2025/2026 até 16 de outubro, totalizando 524,96 milhões de toneladas. No mesmo período do ciclo anterior, o volume havia atingido 539,98 milhões de toneladas.

Queda na moagem de cana e operação das usinas

Na primeira quinzena de outubro, as unidades processaram 34,04 milhões de toneladas, ligeiramente acima das 33,94 milhões do ano passado. Atualmente, 255 unidades estão em operação — número inferior às 258 do mesmo período anterior. Destas, 234 trabalham com cana, 10 produzem etanol de milho e 11 são flex.

A redução no ritmo de moagem se deve, em parte, ao encerramento antecipado das atividades em algumas unidades e às condições climáticas que afetaram o desenvolvimento da cana. No total, 18 usinas já concluíram o processamento, contra 12 no mesmo período da safra passada.

Qualidade da cana e ATR

O Açúcar Total Recuperável (ATR), indicador de qualidade da matéria-prima, caiu para 158,78 kg por tonelada, ante 160,32 kg na safra anterior. No acumulado, o ATR registra retração de 3,4%, atingindo 137,53 kg por tonelada.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar somou 2,48 milhões de toneladas na primeira metade de outubro e 36,02 milhões no acumulado, com leve alta de 0,89%. Já o etanol totalizou 2,01 bilhões de litros na quinzena, sendo 1,24 bilhão de hidratado (-5,6%) e 771,7 milhões de anidro (+6,9%).

No acumulado da safra, o biocombustível soma 25,04 bilhões de litros, queda de 8,23%. O etanol de milho representa 18,41% da produção, com crescimento de 17,23% frente ao ciclo anterior.

Vendas e mercado de CBios

As vendas de etanol atingiram 1,45 bilhão de litros na quinzena, com retração de 6,7% no hidratado e alta de 5% no anidro. No acumulado, as comercializações somam 18,97 bilhões de litros, queda de 2,05%.

No mercado de CBios, a emissão chegou a 35,56 milhões de créditos em 2025, com 105% das metas de descarbonização já cobertas, reforçando o compromisso do setor com a sustentabilidade e a eficiência energética.

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