A descoberta de uma nova enzima brasileira promete revolucionar a produção de etanol no país.
Nomeada CelOCE (Cellulose Oxidative Cleaving Enzyme), a tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores do CNPEM, em parceria com instituições internacionais. A inovação pode aumentar em até 16 bilhões de litros a produção anual do biocombustível, o que representa praticamente metade do volume produzido no Brasil em 2024.
Etanol com mais rendimento a partir da mesma biomassa
A enzima CelOCE atua na quebra da celulose, permitindo que o bagaço de cana seja transformado em glicose de forma mais eficiente. Com isso, é possível produzir mais etanol sem aumentar a quantidade de matéria-prima utilizada. O processo reduz o desperdício e melhora o aproveitamento energético da biomassa.
Etanol com ganho de eficiência de até 20%
A nova tecnologia representa o dobro do ganho de eficiência obtido pelas últimas grandes inovações na produção de etanol.
Segundo os pesquisadores, enquanto métodos anteriores alcançavam um aumento de 10% na eficiência, a CelOCE permite até 20%, o que configura um avanço expressivo no setor bioenergético.
Etanol e outros biocombustíveis beneficiados
Além de ampliar a produção de etanol, a enzima também pode ser utilizada para transformar outras biomassas, como palha de milho e lascas de eucalipto, em biocombustíveis.
Essa versatilidade amplia ainda mais o impacto da tecnologia na matriz energética renovável.
Etanol com base em biotecnologia de ponta
A descoberta da CelOCE representa um marco na biotecnologia aplicada à produção de etanol.
Além de desafiar paradigmas científicos sobre a degradação da celulose por microrganismos, a enzima fortalece a transição para uma economia de base biológica e sustentável.
Etanol e novos usos industriais no futuro
Com apenas 115 aminoácidos, a estrutura simplificada da enzima abre caminho para o desenvolvimento de versões sintéticas.
Essas futuras aplicações incluem desde a produção de etanol até o reaproveitamento de resíduos plásticos, ampliando seu potencial industrial.
Etanol mais limpo em até quatro anos
A tecnologia da CelOCE pode começar a ser usada industrialmente entre um e quatro anos após o licenciamento.
Isso depende do modelo de tecnologia aplicado, mas o setor já se prepara para adotar a inovação na produção de etanol.
Etanol em escala com patente já registrada
O CNPEM já solicitou a patente da enzima e testou o coquetel enzimático em uma miniusina.
Agora, o objetivo é escalar a aplicação para ampliar a produção de etanol em todo o país, consolidando o Brasil como líder em inovação energética renovável.