A venda de pneus de carga registrou uma retração significativa no acumulado de janeiro a setembro de 2025.
O mercado brasileiro enfrenta um momento desafiador com volumes inferiores ao ano passado. Segundo dados recentes, o total comercializado caiu 5,2% em comparação ao mesmo período de 2024. Isso indica claramente que as frotas estão operando com menor intensidade atualmente.
A queda é conduzida principalmente pelo segmento de reposição. Esse setor sofre com a redução dos fretes e a menor rodagem dos caminhões nas estradas. Portanto, a venda sente os impactos diretos da economia instável.
O impacto no mercado de reposição e a venda de pneus de carga
No canal de reposição, o volume de vendas apresentou uma queda acentuada de 7,6%. As transportadoras enfrentam custos operacionais elevados e uma demanda por carga bastante volátil. Consequentemente, a substituição de pneus novos fica para trás nas prioridades dos gestores.
Muitos frotistas optam por adiar a renovação ou utilizar recapados. Essa busca por soluções econômicas afeta diretamente a venda de pneus de carga no varejo. A pressão sobre a rentabilidade das operações força o prolongamento dos ciclos de uso dos produtos.
Desempenho das montadoras e a venda de pneus de carga
Entretanto, o cenário para as montadoras apresenta um comportamento distinto do varejo. As entregas para esse segmento cresceram 1,2% em relação ao ano anterior. Esse dado revela que a produção de caminhões novos resiste ao ambiente desafiador.
O setor de transporte se adapta às normas de emissões mais rígidas gradualmente. Assim, a venda de pneus de carga para equipamentos originais (OEM) mantém um leve aquecimento. A retomada gradual na fabricação de veículos pesados sustenta esses números positivos.
Resultados de setembro reforçam a queda
O mês de setembro reforçou a tendência negativa observada ao longo do ano. A venda de pneus de carga caiu 10,5% na comparação com setembro de 2024. Tanto o mercado de reposição quanto as montadoras registraram retração nesse mês específico.
Além disso, o volume ficou quase 5% abaixo do desempenho de agosto. Isso mostra que o mercado perdeu fôlego e enfrenta um ritmo de queda contínuo. Os números da venda preocupam os analistas do setor automotivo.
Perspectivas futuras para o setor
Para os players do mercado, os próximos meses exigem atenção redobrada e planejamento. O frete ainda não apresenta uma retomada consistente no curto prazo. Isso mantém a pressão sobre a rodagem média das frotas nacionais.
Por outro lado, novas tecnologias podem impulsionar a venda de pneus de carga no futuro. O surgimento de produtos focados em sustentabilidade e maior eficiência oferece esperança. A virada do mercado é esperada para ocorrer a partir de 2026.
Finalmente, a estabilização da produção de caminhões será crucial. O equilíbrio entre oferta e demanda ditará o ritmo da recuperação. A venda de pneus de carga depende diretamente da saúde financeira das transportadoras brasileiras.
