Combustíveis renováveis ganham cada vez mais espaço no Brasil, impulsionados por metas ambientais e a busca por fontes de energia mais limpas.

ICL alerta para riscos à qualidade dos combustíveis com avanço do B15 e E30 e cobra fiscalização rigorosa

Combustíveis renováveis ganham cada vez mais espaço no Brasil, impulsionados por metas ambientais e a busca por fontes de energia mais limpas.

Entretanto, o Instituto Combustível Legal (ICL) alerta que o aumento das misturas no diesel e na gasolina exige atenção redobrada quanto à fiscalização e à qualidade dos combustíveis vendidos no país.

A recente decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) amplia o uso de biocombustíveis, mas também traz riscos importantes que precisam ser acompanhados.

Combustíveis renováveis avançam, mas exigem controle

O governo autorizou o aumento para 15% do biodiesel no diesel (B15) e permitiu a comercialização da gasolina com 30% de etanol (E30). Essas medidas representam avanços significativos no uso de fontes renováveis.

Contudo, segundo o ICL, o crescimento dessas misturas sem fiscalização adequada abre espaço para fraudes e prejudica os consumidores e o setor legalizado.

Adulterados prejudicam o meio ambiente

A adulteração de combustíveis, especialmente do biodiesel, compromete diretamente o desempenho dos veículos e agrava os impactos ambientais. Isso porque fraudes nas misturas reduzem a eficiência dos motores e as emissões controladas.

Além disso, o biodiesel, por ter valor superior ao diesel fóssil, se torna alvo constante de adulterações quando a fiscalização é falha.

Combustíveis e o risco com a suspensão do PMQC

Outro ponto de preocupação do ICL é a suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para julho.

Com menos fiscalização, o mercado fica vulnerável a práticas ilegais e o consumidor final corre o risco de pagar mais por combustíveis de baixa qualidade, o que prejudica toda a cadeia.

Combustíveis seguros exigem fiscalização rigorosa

O ICL defende que reforçar a fiscalização é uma prioridade estratégica para o setor energético. Sem esse controle, o Brasil corre o risco de comprometer suas conquistas ambientais e prejudicar a competitividade das empresas legalizadas.

Portanto, ampliar o uso de combustíveis renováveis é fundamental, mas deve vir acompanhado de mecanismos robustos de fiscalização, garantindo a segurança jurídica e a qualidade do produto final.

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