Etanol de milho deixou de ser um tópico secundário para se tornar protagonista no setor sucroenergético nacional.
Recentemente, uma pesquisa exclusiva realizada pelo JornalCana revelou dados surpreendentes sobre esse mercado em expansão. Executivos de usinas de cana-de-açúcar estão mudando sua visão estratégica rapidamente diante das novas oportunidades.
De antemão, o CEO da Pró-Usinas, Josias Messias, foi categórico em sua análise sobre o cenário atual. Segundo ele, não é mais possível tratar o assunto como algo periférico. A pesquisa mostra que 63% das usinas já olham seriamente para o etanol de milho.
O crescimento do interesse pelo etanol de milho
Dentre os entrevistados na pesquisa, 22% manifestaram interesse direto na produção desse biocombustível. Além disso, outros 20% mantêm estudos em andamento sobre a viabilidade técnica e econômica do negócio. Há ainda 13% que avaliam os impactos dessa mudança em suas operações atuais.
Esse número expressivo demonstra maturidade e um senso de urgência estratégica em todo o setor. O tema se tornou o assunto do momento nos bastidores da indústria. Até mesmo usinas que operam 100% com cana estão atentas ao etanol de milho.
A maturidade das usinas em relação ao etanol de milho
Portanto, a diversificação da matéria-prima é vista cada vez mais como uma necessidade de sobrevivência. A pesquisa identificou um grupo que já produz ou expande operações com o cereal. Empresas como Cerradinho Bioenergia e Rio Verde são exemplos claros dessa movimentação ágil.
As plantas flex se destacam nesse cenário competitivo atual por sua versatilidade industrial. Curiosamente, 80% delas já possuem projetos de expansão em andamento para aumentar a capacidade. A lógica do negócio exige uma mentalidade voltada para o trading e não apenas industrial.
O diferencial das plantas flex e a expansão
Não basta apenas focar na parte fabril da produção do etanol de milho para ter sucesso. O modelo é competitivo porque combina custos menores de investimento e flexibilidade operacional. Juntamente com isso, a inteligência comercial faz toda a diferença nos resultados financeiros.
Exemplos de sucesso mostram que a estratégia deve ser totalmente integrada para garantir margens. A logística própria e parcerias com ferrovias são fundamentais para o escoamento eficiente. Enfim, enxergar o negócio como um todo é o segredo do crescimento.
Mentalidade de trading no mercado de etanol de milho
A venda de subprodutos como DDG e óleo de milho agrega valor significativo à operação. Empresas como a Neomille e Inpasa capitalizam justamente nessa visão ampla do mercado. Elas não trataram o biocombustível apenas como industrialização, mas como um ecossistema completo.
Por fim, ignorar essa mudança no mercado pode ser um risco alto para as usinas tradicionais. O diferencial está em quem enxerga as oportunidades de forma global. O crescimento acima da média dessas companhias prova que o caminho é sem volta.
