Carretas tanque e o deslocamento do líquido nos aclives

Carretas tanque e o deslocamento do líquido nos aclives

Carretas tanque enfrentam desafios específicos durante o tráfego em rampas, principalmente devido ao deslocamento do líquido em seu interior.

Esse fenômeno altera a distribuição de peso e pode comprometer a tração, a estabilidade e a segurança do conjunto.

Transferência de peso nos aclives

Ao subir aclives, parte do peso se transfere naturalmente da dianteira para os eixos traseiros. Nas carretas tanque, esse efeito é intensificado pelo deslocamento do líquido para trás. Essa mudança reduz a carga sobre o pino-rei e, consequentemente, sobre a tração do caminhão-trator.

Carretas tanque e o impacto do volume carregado

O deslocamento depende também do volume de líquido no tanque. Espaços vazios variando entre 4% e 10% alteram a superfície livre do produto, deslocando o centro de gravidade para trás e afetando o equilíbrio do conjunto.

Influência da inclinação da rampa

Quanto maior a inclinação da rampa, maior é a transferência de peso do pino-rei para os eixos traseiros. Esse alívio na dianteira pode reduzir a capacidade de vencer aclives, principalmente em condições de baixa aderência.

Risco em condições adversas

O deslocamento do líquido compromete ainda mais a estabilidade em dias de chuva ou pistas escorregadias. Nessas situações, o risco de patinagem aumenta, sobretudo em caminhões 6×2 tracionando conjuntos de maior PBTC.

Carretas tanque e a importância do conhecimento técnico

Conhecer os limites de cada configuração de caminhão-trator e rebocado é essencial. Esse entendimento permite reduzir problemas de tração, evitar desgaste excessivo nos pneus e prevenir danos na transmissão.

Papel do centro de gravidade

O deslocamento do centro de gravidade impacta diretamente a dirigibilidade. Nas carretas tanque de compartimento único, a transferência de peso é ainda mais acentuada, exigindo maior atenção dos motoristas.

Carretas tanque e a segurança nas operações

Gestores de frota e motoristas devem estar atentos a esses efeitos para planejar rotas, calcular esforços do veículo e adotar práticas que garantam eficiência e segurança operacional.

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