Brasil deixa de importar etanol dos EUA pelo segundo mês seguido

Brasil deixa de importar etanol dos EUA pelo segundo mês seguido

Etanol importado dos Estados Unidos deixou de chegar ao Brasil pelo segundo mês consecutivo.

Segundo dados da Associação dos Combustíveis Renováveis (RFA), não houve registro de entrada do biocombustível norte-americano no país nos meses de maio e junho de 2025.

O recuo nas importações brasileiras ocorre em um cenário de volatilidade nos mercados internacionais, o que impactou também as exportações de etanol dos EUA em geral. Em junho, os norte-americanos embarcaram 173,7 milhões de galões, uma queda de 6% em relação ao mês anterior.

Etanol: principais destinos das exportações dos EUA

Apesar da retração, o volume exportado em junho ainda foi 30% superior ao mesmo mês do ano anterior. O Canadá liderou como principal destino, com alta de 6% e total de 64,9 milhões de galões, atingindo o maior volume dos últimos seis meses.

Etanol: aumento expressivo nas vendas para a Índia

A Índia surpreendeu com um aumento de 158% nas importações, alcançando 24,2 milhões de galões — o maior volume registrado nos últimos cinco meses. Esse crescimento reforça a tendência de diversificação de mercados consumidores por parte dos EUA.

Movimentações na Europa e Ásia

A União Europeia também recebeu uma quantidade significativa, com 20,3 milhões de galões, embora o volume tenha sido 33% menor em relação a maio. A Holanda foi o principal destino europeu.

Outros países que figuraram entre os maiores compradores foram Coreia do Sul (12,6 mg), Filipinas (12,0 mg), Reino Unido (11,0 mg) e Colômbia (10,8 mg), com variações positivas e negativas de acordo com o mercado local.

Etanol: desempenho semestral dos EUA

No acumulado do primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos exportaram um total de 1,06 bilhão de galões de etanol, o que representa um crescimento de 13% em comparação com o mesmo período de 2024.

Esse cenário mostra que, apesar da ausência do Brasil, as exportações de etanol seguem fortes, com destaque para mercados estratégicos da América do Norte, Ásia e Europa.

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